quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Dono e diretor de empresa de coleta de lixo são presos em Ribeirão Preto


Dono e diretor da Seleta Meio Ambiente Ltda, empresa de lixo de Ribeirão Preto, foram presos na manhã desta quinta-feira (9) pela Operação Purgamentum, que investiga crimes de corrupção e fraudes em licitações e contratos públicos de coleta de lixo. O sócio da empresa, Jorge Saquy Neto, e o diretor de limpeza, Fernando Gonçalves de Oliveira, foram presos no início da manhã por representantes do Ministério Público e conduzidos por policiais da Força Tática da Polícia Militar paulista à Central de Flagrantes de Ribeirão Preto, onde ficaram à disposição do Ministério Público e da Justiça. Os dois foram presos em suas residências no início da manhã, quando ainda estavam dormindo com a família. Outros dois funcionários da mesma empresa foram presos em Batatais e Patrocínio Paulista.

A Seleta opera em todos os ramos da coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos e mantém contrato com várias prefeituras de pequeno, médio e grande porte nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A principal suspeita é de irregularidade nos contratos da Seleta com a prefeitura de Passos, em Minas Gerais. Além dos quatro, a força tarefa que reúne integrantes do Ministério Público de Minas Gerais e do Estado de São Paulo, foram presas outras duas pessoas suspeitas de envolvimento no esquema que fraudava contratos públicos em Franca. Na região ainda foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Monte Alto e Barretos.

Em Paulínia, há um mandado de condução coercitiva contra o prefeito Dixon Ronan Carvalho (PP). Por volta das 9h50 ele saiu de casa, no condomínio Villa Lobos, acompanhado pela primeira dama e dirigindo o próprio veículo. Ele foi escoltado por policiais e seguiu para ser ouvido na sede do Ministério Público de Campinas. Além dele, secretários municipais, assessores e vereadores de Paulínia também foram levados e ouvidos no Ministério Público, na Cidade Judiciária.

A Operação Purgamentum, deflagrada na manhã desta quinta-feira cumpre 15 mandados de prisão, 44 mandados de busca e apreensão e 11 conduções coercitivas, em várias cidades dos Estados de Minas Gerais e São Paulo tendo como alvo pessoas, empresas e prefeituras onde foram detectadas suspeitas de irregularidades em serviços de coleta urbana.

A força-tarefa deflagrada na manhã desta quinta-feira (9) conta com a participação de representantes da 7ª Promotoria de Justiça de Passo, do Grupo Especial de Patrimônio Público e pelo Centro de Apoio Operacional de Patrimônio Público da Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais, da Assessoria de Crime de Prefeitos da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Ribeirão Preto. 

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