segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Governo Marchezan Jr. deixa 19.000 crianças sem comida nas creches de Porto Alegre


As 226 creches conveniadas que abrigam 19 mil crianças em Porto Alegre estão há dois meses sem receber o kit de alimentos que era entregue a cada dois meses pela prefeitura. O governo do prefeito Nelson Marchezan Jr. não providencia comida para crianças, ele só sustenta a sua desastrada política econômica-financeira neokeynesiana. Não há previsão de normalização do repasse. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a entrega dos ranchos foi interrompida devido à crise econômica do município. E o secretário municipal de Fazenda, o burocrata Leonardo Busatto, fiscal de carreira da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, não sabe o que fazer, a não ser manter crianças sem comida. Esse tipo de gente segue sempre o mesmo receituário, embora nunca dê certo. O pai dele, César Busatto, também fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado, fazia a mesma coisa. Eles, peemedebistas históricos, nunca tiveram qualquer plano profundo de política econômica que atacasse as fontes do atraso contínuo do Rio Grande do Sul. A principal questão é a da dívida. E essa dívida é gerada por gastos com pessoal que excedem a capacidade do Estado e a arrecadação do Tesouro. 

"Já deveria vir referente a novembro e dezembro, mas não recebemos nada. Estamos usando o que sobra do pagamento dos encargos e da folha de pagamento para tentar complementar e pedindo a ajuda dos pais. Mas nem todas as famílias podem contribuir", conta uma funcionária de creche conveniada.

Alimentos como leite em pó, feijão, arroz, lentilha, farinha e azeite integravam o kit distribuído pela prefeitura às escolas. O valor do repasse bimestral, R$ 500 mil, teria sido solicitado à Secretaria da Fazenda, mas, até o começo do mês de novembro, não foi repassado à Smed. Creches conveniadas são as de vilas, de favelas, de periferia, onde mora gente que não tem dinheiro. 

Atualmente, 226 instituições comunitárias, sem fins lucrativos, ofertam 19 mil vagas para crianças de zero a cinco anos na Educação Infantil. A rede pública municipal preenche menos de um terço do total, com 8,2 mil alunos atendidos. Essas entidades são indispensáveis porque a rede municipal é incapaz de receber toda a clientela existente na cidade. 

Nenhum comentário: