quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O velho babalorixá baiano propineiro Emilio Odebrecht diz que não atuou em "repasses" para o petista Bendine

O empreiteiro baiano Emilio Odebrecht, velho babalorixá propineiro do empresariado capitalista-estatal brasileiro, disse nesta terça-feira (31), em depoimento ao juiz Sergio Moro, que não participou de pagamento de propina para o petista Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil.

O patriarca da Odebrecht depôs como testemunha de defesa de um dos réus no processo, seu filho Marcelo. Bendine é acusado de cobrar propina de R$ 3 milhões para proteger a construtora em contratos da Petrobras em 2015, no âmbito da Lava Jato. "Só vim saber dessa relação de acertos, se é que existiram, no período de meados de 2016 (...) Não participei de nenhum processo, quando vim ter conhecimento foi muito adiante", disse. 

Ele afirmou que esteve em uma reunião com Bendine, sem menções a propina. "Eu saí com a sensação de que falamos e houve o entendimento, mas resultado efetivo não ocorreu. Não houve sucesso do que estávamos querendo, que era a Petrobras não cancelar um contrato de forma leonina", disse. Emilio ainda afirmou a Moro que a estatal "sempre teve um papel importante" para a Odebrecht:  "Ao mesmo tempo era sócia, cliente, fornecedora, ou seja, exercia várias facetas de relação com a organização". 

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