domingo, 19 de novembro de 2017

Promotoria do Rio de Janeiro quer anular a sessão da Assembléia que libertou Jorge Picciani


O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro protocolou na Justiça, no sábado (18), um mandado de segurança pedindo a anulação da votação de sexta-feira (17) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Na sessão foi revogada a prisão dos deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB. Os três deputados se entregaram à Polícia Federal na quinta-feira (16), após serem indiciados na Operação Cadeia Velha, que investiga o uso dos cargos públicos para corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em combinação com as empresas de ônibus. 

No pedido o Ministério Público alega que o presidente em exercício da Alerj durante a sessão, deputado Wagner Montes (PRB), e a mesa diretora, ignoraram a liminar que determinava que a sessão fosse aberta para todos os cidadãos. O requerimento à Justiça pede a realização de uma nova sessão, que repita a votação, permitindo o acesso às galerias. Ao vedar o acesso dos cidadãos às galerias da Assembleia, o Ministério Público entende que os deputados “camuflaram” a sessão pública e, assim, desrespeitaram “os princípios mais basilares do Estado Democrático de Direito”.

O Ministério Público classificou os atos praticados pelo presidente em exercício da Alerj de arbitrários e ilegais, segundo a nota divulgada por sua assessoria. Na manhã deste domingo, Picciani anunciou que se afastará temporariamente (até fevereiro) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para cuidar de sua defesa e também da defesa do filho, o empresário Felipe Picciani.

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