quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Volkswagen vai investir R$ 1,5 bilhão na fábrica de caminhões de Resende

Apesar da crise econômica que assola o País, e que atingiu fortemente o setor de caminhões com queda de 71% na produção de 2009 para cá, a Volkswagen Truck & Bus anunciou investimento de R$ 1,5 bilhão em sua fábrica de caminhões em Resende, no sul fluminense. O recurso será aplicado entre os anos de 2017 e 2021 para o desenvolvimento de novos produtos e na modernização da produção, explicou Andreas Renschler, presidente da Volkswagen Truck & Bus. "Acreditamos que o mercado vai reagir. Sabemos que levará algum tempo para essa reação chegar ao mercado de caminhões, mas estamos lançando esse investimento para assumirmos uma boa posição quando o ciclo for positivo", detalhou Renschler durante encontro com jornalistas em São Paulo.

A fábrica de Resende opera hoje com 75% de capacidade ociosa. O número de funcionário também caiu ao longo do tempo. Em 2011, a unidade empregava 2,3 mil pessoas, hoje são 1,7 mil. Os números refletem a situação do segmento. De acordo com dados da Anfavea, associação que reúne as montadoras, a produção de caminhões caiu de 207 mil unidades ao ano em 2009 para 59 mil unidades em 2016, retração de 71%. Em 1999, o País produzia 61 mil caminhões por ano. 

Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, fabricante dos ônibus e caminhões da marca Volkswagen, explicou que a empresa iniciou um processo de ajuste em 2012, com objetivo de deixar a produção do tamanho da demanda. O objetivo deste investimento é o mesmo, adequar a companhia para a demanda futura. "Acreditamos que em 2018 haverá a melhora do nível de emprego e do investimento, e as pessoas voltarão a consumir", disse Cortes, para completar: "As vendas de caminhões voltarão, fazendo uma curva em formato de U, não de V, ainda sofrendo em 2017 e 2018, mas vão voltar".

Entre as apostas para a unidade de Resende está o aumento das exportações a partir da unidade. Hoje, segundo os executivos, entre 15% e 20% da produção total é exportada. O objetivo é ampliar para 30% nos próximos três anos.

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