quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Delator diz que Sérgio Cabral pagava "mesadas" de até R$ 100 mil para ex-mulher, pais, irmã e filhos, tudo com propina

Carlos Miranda, ex-assessor do ladrão peemedebista Sérgio Cabral e que se tornou delator assumindo ser o operador do esquema criminoso denunciado pelo Ministério Público Federal, afirmou em interrogatório, na segunda-feira (18), que Cabral recebia propina desde o tempo em que era senador. Ele afirmou que, com recursos de propina, o ex-governador pagava "mesadas" de até R$ 100 mil para os pais, a irmã, e filhos. "Para os pais, de R$ 100 mil. Para a irmã, de R$ 25 mil, Claudia Cabral. Para os filhos também: R$ 10 mil para o mais velho e R$ 5 mil para o mais novo. Isso tudo no final, 2014", disse Miranda, sobre as mesadas. O juiz Marcelo Bretas questionou quais dos filhos do ex-governador eram beneficiários das "mesadas", mas fez uma ressalva. Ele lembrou que o nome do deputado federal Marco Antonio Cabral (OMDB) não deveria, eventualmente, ser incluído já que ele tem foro e a investigação não caberia a Bretas. Miranda acabou não dizendo qualquer nome. Segundo o delator, a ex-mulher do ex-governador, Susana Neves, também chegou a receber R$ 100 mil.

"O Sérgio Cabral combinou com a Susana de mandar para ela um valor mensal. Era entregue para a Susana regularmente, de R$ 100 mil. A mando do Sérgio. Uma mesada, auxílio financeiro. Era um compromisso pessoal do Sérgio. Ela não tinha conhecimento nenhum de que era fruto da propina", afirmou Miranda. Muito anjinha a tal Susana, recebe 100 mil por mês do ex-marido governador e acha que ele tirava o dinheiro de onde? O depoimento foi prestado em uma denúncia que aponta lavagem de dinheiro de R$ 1,7 milhão através de contratos com a FW Engenharia. Outro beneficiário teria sido Maurício Cabral, irmão do ex-governador.

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