quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Deputadas comunistas gaúchas mobilizadas contra aterro sanitário em Pelotas

A preocupação com os impactos ambientais no distrito de Cerrito Alegre, em Pelotas, com a instalação de um aterro sanitário, foi o que moveu as deputados estaduais comunistas gaúchas Regina Becker Fortunati (Rede), Miriam Marroni e Stela Farias (ambas do PT), a procurarem o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul. Regina Becker é originária do partido comunista MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro, data da morte do assassino cubano-argentino Che Guevara). Ela é mulher do ex-prefeito de Porto Alegre, aquele que passou mais de 1.000 dias sua gestão sem licitações na área do lixo. 

As três comunistas estiveram no Tribunal de Contas do Estado na última segunda-feira (14), onde entregaram um ofício pedindo a suspensão do processo de licenciamento do empreendimento até que sejam sanados todos os questionamentos legais e técnicos, assegurando a ausência de risco ambiental na região. Para Regina Becker Fortunati, se for permitida a instalação do aterro, "vamos estar na contramão do que acontece no mundo com a instalação de um aterro, sendo que muitos lugares fora do Brasil adotam a pirólise, que não causa impactos ao meio ambiente". O método permite o aproveitamento do lixo na geração de energia e biocombustível, sem a produção de gás carbônico ou metano. O aterro de Pelotas é do grupo Solvi, por meio de sua empresa controlada Revita. Ambas são propriedade do empresário megalixeiro Carlos Leal Villa, que foi levado a depor sob vara na semana passada à Justiça. Toda a alta diretoria de seu grupo lixeiro está presa em Belém do Pará, por causa dos crimes cometidos no aterro de Marituba. 

As outras empresas interessadas são a Meio Oeste é a Estre Ambiental. A Meio Oeste tem o contrato para destinação final do lixo de Pelotas em seu aterro em Candiota. A Estre, do empresário megalixeiro Wilson Quintella Filho, quer instalar um mega aterro (lixeira gigantesca) em Glorinha. O Grupo Solvi (Revita e CRVR - Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos, em sociedade com os donos da Copelmi Mineração) também quer instalar um mega aterro em Viamão. Os dois projetos são criminosos, uma violenta agressão ao meio ambiente, porque se localizam na APA  (Area de Proteção Ambiental) do Banhado Grande e da bacia do Rio Gravataí.

Nenhum comentário: