sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Irmão do ladrão peemedebista Sérgio Cabral assume ter recebido valores sem a prestação de serviço

O publicitário Maurício Cabral, irmão do ex-governador do Rio de Janeiro, o ladrão peemedebista Sérgio Cabral, afirmou em interrogatório à Justiça Federal que recebeu R$ 240 mil em 2011 sem a prestação de serviços. De acordo com ele, o repasse ocorreu por meio de Carlos Emanuel Miranda, que assumiu ser o "gerente da propina" do peemedebista. Maurício afirmou que Miranda, de quem é amigo de infância, o procurou dizendo ter encontrado um cliente para a sua agência de publicidade. O irmão do peemedebista afirmou ter emitido a nota fiscal de R$ 240 mil, recebido o dinheiro, mas que não foi procurado para executar o trabalho. "Eu cobrava. E o trabalho? E o trabalho? O trabalho não vinha e nunca mais apareceu", afirmou Maurício.

Ele é acusado de participar da lavagem de dinheiro do esquema do irmão. De acordo com a denúncia, ele recebeu R$ 240 mil de origem ilegal da FW Engenharia por meio de uma outra empresa de fachada. O publicitário afirmou que a emissão de notas fiscais antes da prestação de serviço é comum no mercado publicitário. Ele disse que confiava em Miranda para adotar o procedimento. Miranda teve o acordo de delação premiada homologado no Supremo Tribunal Federal, em que assumiu ser o "gerente de propina" do ladrão peemedebista Sérgio Cabral.

Maurício Cabral também foi citado em delação premiada do marqueteiro Renato Pereira, segundo quem o publicitário recebia cerca de R$ 30 mil mensais como parte do "movimento social" em apoio ao governo. "Essa indicação de Miranda foi a única vez que recebi um valor sem uma causa", disse Miranda.

O Ministério Público Federal afirma que a empreiteira pagou no total R$ 1,7 milhão de propina ao ex-governador. Os demais valores foram pagos por meio de empresas em nome de Susana Neves e Carlos Emanuel Miranda, ex-mulher e assessor do peemedebista, respectivamente. As 16 denúncias contra o ladrão peemedebista Sérgio Cabral já somam quase R$ 400 milhões de propina recebida durante seu período à frente do Estado (2007 a 2014). A Procuradoria o acusa de pedir 5% de propina sobre os grandes contratos do governo do Rio de Janeiro. 

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