sábado, 9 de dezembro de 2017

Juíza do Pará manda bloquear os bens de empresas do Grupo Solvi, do megalixeiro Carlos Leal Villa




A juíza Tarcila Maria Souza de Campos, da comarca de Marituba, no Pará,determinou o bloqueio de R$ 54,5 milhões das empresas Guamá Tratamento de Resíduos, Solvi Participações e Revita Engenharia. Todas fazem parte do mesmo grupo, o Solvi, cujo proprietário é o megalixeiro paulista Carlos Leal Villa. Ele teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público do Pará, mas foi de momento negada pela juíza. Mas o restante da diretoria do grupo lixeiro está toda presa. 

O bloqueio visa garantir o tratamento de chorume (líquido proveniente da matéria orgânica em decomposição) do aterro sanitário de Marituba, uma verdadeira lixeira no meio da floresta amazônica. De acordo com o Ministério Público Estadual do Pará, as empresas terão 20 dias para apresentar a medida emergencial de tratamento do chorume.

Na última quarta-feira (6), o Ministério Público do Pará e a Polícia Civil iniciaram a Operação Gramacho, que apura irregularidades no funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba, na região metropolitana de Belém. A operação resultou na prisão de três diretores da empresa Guamá Tratamento de Resíduos, que opera o aterro. As prisões ocorreram em São Paulo e na Bahia. Os acusados já estão presos na capital paraense. Quatro processos criminais continuam em andamento. Os diretores da empresa Guamá são investigados por crimes ambientais.

Em janeiro, na ausência de mais lagoas para armazenamento de chorume, a Guamá despejou o líquido bruto no solo sem impermeabilização. O poluente atingiu o Igarapé Pau Grande, no Refúgio da Vida Silvestre, unidade de conservação de proteção integral. Com o início do período de chuvas, o chorume pode voltar a escorrer para o igarapé, que é do dos afluentes do Rio Guamá.


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