quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Licitação do lixo de Americana sofre fortes contestações de concorrentes


A Prefeitura de Americana, em São Paulo, recebeu dois pedidos de impugnação da licitação para contratação de uma empresa para recepção e destinação final dos resíduos sólidos do município. Diante da possibilidade de um atraso no processo, que tinha a abertura dos envelopes marcada para esta quarta-feira, o prefeito Omar Najar (PMDB) admitiu que fazer uma contratação emergencial. Claro, esse é sempre o velho truque em todas as administrações municipais na questão do lixo, com a condescendência dos órgãos públicos encarregados de fiscalização que não reagem, fazendo-se de tontos.

Segundo o prefeito, as duas empresas são a Engep (Engenharia e Pavimentação Ltda.), responsável pela construção do aterro sanitário da região da Represa do Salto Grande, e a maior lixeira brasileira, a Estre Ambiental, do megaempresário lixeiro Wilson Quintella Filho, envolvido em investigações da Operação Lava Jato, que já possui contrato com o Executivo e recebe o lixo no aterro em Paulínia.

"Pode ser que eu tenha de me virar para deixar o lixo no final do ano agora. Porque a Estre já entrou com impugnação, a Engep já entrou com impugnação. (A Engep) alegou um negócio técnico, 'coisinha' que na Justiça infelizmente aceita. Ou (a licitação) vai ser prorrogada, ou eu vou fazer uma emergencial", afirmou. Evidentemente, a contratação emergencial é o que interessa à Estre, a grande interessada atendida na questão.

O valor global da licitação é de R$ 6.147.024, por 12 meses de serviço. Nas especificações, consta que o aterro deverá estar situado num raio de 60 quilômetros da sede da prefeitura, e precisa estar apto a receber um volume de lixo estimado em 62,4 toneladas por ano, cerca de 5,2 toneladas por mês.

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