segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Ministério Público do Rio de Janeiro visita cadeia de Benfica para investigar os privilégios do ladrão peemedebista Sérgio Cabral



Claudio Calo, promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro, visitou hoje a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, para verificar possíveis privilégios concedidos ao ex-governador e ladrão peemedebista Sérgio Cabral, que está preso na unidade. Entre os benefícios concedidos ao ex-governador e outros presos da Operação Lava Jato estão a instalação na cadeia de um sistema de home theater, composto de televisão de tela plana com 60 polegadas, DVD e caixas de som. Ao visitar o local, o promotor conversou com Sérgio Cabral e outras pessoas sobre o episódio. 

Calo avaliou que, caso sejam comprovadas as irregularidades, Sérgio Cabral poderia ser transferido para outro presídio, como Bangu. “Se ficar comprovada o envolvimento dele nesses fatos, acho demasiado mandar para um presídio de segurança máxima, talvez um presídio em Bangu atinja o objetivo, para evitar que ele tenha contato com o complexo de Benfica. Isto é considerado prática de crime dentro de unidade prisional e infração disciplinar. Cabe à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e à Vara de Execuções Penais adotar as medidas cabíveis. Podem alguns benefícios serem cancelados ou ele ser transferido para um presídio mais rigoroso, como o Complexo de Gericinó”, disse o promotor.

O episódio do home theater veio a público em outubro e levou o Ministério Público a instaurar inquérito para apurar os fatos. O equipamento seria uma doação da Igreja Batista do Méier, segundo divulgou inicialmente a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). No entanto, a instituição esclareceu que não autorizou doação de aparelho eletrônico a qualquer complexo penitenciário. Calo ressaltou, ao deixar a cadeia, que a versão inicial de que o equipamento teria sido doado por uma igreja já restou comprovada como falsa e que será investigado quem deixou entrar o home theater no presídio, podendo ser responsabilizados na esfera criminal, por falsidade ideológica, e na administrativa, por improbidade.

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