sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois se desfilia do PSDB


A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, se desfiliou do PSDB nesta quinta-feira (14). Com a desfiliação de Luislinda, ela deverá permanecer no cargo. Desembargadora aposentada, Luislinda está à frente da pasta desde fevereiro, quando o ministério foi recriado pelo presidente Michel Temer.  Parte do PSDB defende o desembarque do partido do governo.  Diante disso, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) pediu demissão do Ministério das Cidades em 13 de novembro. Na semana passada, o também deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) pediu demissão da Secretaria de Governo.  Com a desfiliação de Luislinda, a legenda passar a estar à frente somente do Ministério da Relações Exteriores, atualmente comandado pelo senador licenciado Aloysio Nunes (PSDB-SP). Desde que as denúncias da Procuradoria Geral da República contra Temer foram barradas na Câmara, partidos do "Centrão" passaram a cobrar os cargos ocupados por tucanos, que votaram de maneira dividida. 


'Trabalho escravo': Desembargadora aposentada, Luislinda pediu ao governo para acumular a aposentadoria de R$ 30.400,00 e o salário de ministra, de R$ 30.934,00 alegando que, ao receber o teto do funcionalismo público, de R$ 33.700,00 (aposentadoria + parte do salário de ministra), estava vivendo situação semelhante ao "trabalho escravo". Ao discursar em um evento no Rio de Janeiro com o presidente Michel Temer, em novembro, Luislinda disse ser "pobre e de periferia". 

Nascida em Salvador (BA), Luislinda Valois é considerada a primeira juíza negra do Brasil. Em 2014, foi candidata a deputada federal pelo PSDB, mas não conseguiu se eleger.  Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia, Luislinda Valois foi professora do Colégio Militar no Paraná, advogada do Estado da Bahia e procuradora do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER) antes de ingressar na magistratura.

Aprovada em concurso público, entrou na magistratura em 1984, quando foi designada para a comarca de Paramirim (BA). Desde então, atuou em 17 comarcas do Estado. Em Salvador, atuou em mais de 28 unidades judiciais e extra-judiciais.  Em dezembro de 2011, Luislinda foi nomeada desembargadora. No ano seguinte, já aposentada, Luislinda tomou posse na Academia de Letras José de Alencar, em Curitiba (PR), ocupando a Cadeira nº 6.  Além disso, recebeu o título de embaixadora da paz da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2012.  Antes de ser ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois era a secretária nacional de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça.

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