quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Ministro Marco Aurélio Mello determina quebra de sigilos bancário e fiscal do playboy Aécio Neves e de sua corte


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no período entre 1º de janeiro de 2014 e 18 de maio de 2017. Na mesma decisão, o ministro também mandou quebrar os sigilos da irmã do senador, Andrea Neves, do primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, e de Mendherson Souza, ex assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). A ordem de Marco Aurélio Mello, relator da investigação sobre o senador, foi assinada no final de novembro e divulgada nesta quinta-feira (7). 

Andrea Neves, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza são investigados junto com o playboy Aécio Neves por corrupção passiva. O senador também é investigado por obstrução às investigações da Operação Lava Jato. 

Segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo, o playboy Aécio Neves pediu e recebeu propina de R$ 2 milhões do empresário açougueiro bucaneiro Joesley Batista, um dos donos da empresa propineira JBS. A quantia teria sido solicitada por Andrea Neves com o objetivo de pagar um advogado do senador. Mas, para a Procuradoria Geral da República, o dinheiro era uma contrapartida por supostos favores prestados pelo parlamentar ao grupo J&F, controlador da JBS. 

Frederico Pacheco e Mendherson Souza foram acusados de terem intermediado o recebimento dos valores, entre abril e maio deste ano, em quatro parcelas de R$ 500 mil em espécie. Ao determinar a quebra dos sigilos, Marco Aurélio Mello escreveu que a medida tem o objetivo de rastrear a origem e o destino de recursos supostamente ilícitos. 

Uma outra decisão de Marco Aurélio Mello, publicada na quarta-feira (6), liberou Andrea Neves da prisão domiciliar e do uso de tornozeleira eletrônica. A decisão também valeu para Frederico Pacheco e Mendherson Souza. 

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