sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Noruega junta-se à Dinamarca ao limitar a ajuda às ONG palestinas

A Noruega anunciou, na segunda-feira, que limitaria o seu financiamento a organizações não-governamentais palestinas (ONGs) que promovam a incitação anti-Israel, juntando-se à Dinamarca em seu apelo para se opor aos esforços de boicotar. Uma declaração norueguesa sobre o assunto afirmou que, de acordo com a política do governo de 2018, não apoiaria organizações cuja missão era promover boicotes contra a política israelense. Reiterou a crença do governo no "diálogo e cooperação para criar a confiança mútua como parte da solução para o conflito israelense-palestino", afirmando que "os boicotes criam distância". 

"Esta decisão é outra expressão da consistente oposição do governo norueguês aos boicotes contra o Estado de Israel", continuou o comunicado. Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês anunciou que cortará o financiamento de várias ONGs palestinas e reforçará as condições de doação de ajuda, após uma investigação que revelou que algumas das atividades das organizações eram de natureza anti-israelense. 

"É importante que haja confiança de que a assistência dinamarquesa vai para os propósitos corretos", disse Anders Samuelsen, ministro dos Negócios Estrangeiros. A revisão dinamarquesa veio depois de uma reunião em que o primeiro-ministro israelense Netanyahu forneceu a Samuelsen uma lista de organizações ligadas à campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), pressionando o ministro dinamarquês a limitar o financiamento. No entanto, o ministério enfatizou que um objetivo de "alta prioridade" era "apoiar organizações da sociedade civil que se concentrassem na situação de direitos humanos dos palestinos", o que o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que faria. 

Samuelsen descreveu o anúncio como uma "conquista significativa para Israel em sua luta feroz contra as organizações que "promovem boicotes", "apresentam uma imagem distorcida de Israel" e "mantêm contato com organizações terroristas". 

Comentando a decisão norueguesa, o ministro dos Assuntos Estratégicos, Gilad Erdan, disse que "este é outro passo importante em relação às organizações de boicote", acrescentando que "o ministério continuará a agir de forma consistente para expor o financiamento europeu às organizações palestinas de deslegitimação". O anúncio dinamarquês seguiu o exemplo das palavras de Erdan, na sexta-feira, onde ele "convoca outros governos europeus para exercer a mesma responsabilidade moral e tomar medidas semelhantes".

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