sábado, 30 de dezembro de 2017

Petrobras mantém aportes de US$ 74 bilhões em novo plano de negócios

A Petrobras divulgou na quinta-feira (21) seu plano de negócios para o período entre 2018 e 2022, que prevê investimentos de US$ 74,5 bilhões, praticamente o mesmo nível do plano anterior, que previa aportes de US$ 74,1 bilhões. A empresa permanecerá focada em reduzir o endividamento e colocar em produção reservas já descobertas, sem grandes alterações em relação à estratégia para o período entre 2017 e 2021. No documento, reforça a política de "preços de mercado" para os combustíveis, mas diz que a política de preços será "ativa" com o objetivo de recuperar o terreno perdido para importações de empresas privadas nos últimos anos.

A companhia manteve a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até 2018, apesar de ter fechado apenas US$ 4,5 bilhões em negociações até agora, e diz que não dependerá de captações líquidas para concluir os investimentos projetados no período.

Do total de investimentos, US$ 60,3 bilhões serão destinados à área de Exploração e Produção -77% desse volume voltado ao desenvolvimento de reservas já descobertas. A meta é atingir, em 2022, a produção de 3,5 milhões de barris de óleo e gás, crescimento de cerca de 30% com relação à produção atual. Deste total, 3,4 milhões de barris de óleo equivalente serão produzidos no Brasil. Ao todo, 19 novas plataformas serão colocadas em operação até 2022. Apenas em 2018, serão oito, seis delas no pré-sal.

Em apresentação divulgada em seu site, a companhia destaca ainda o retorno da atividade exploratória, que representa a busca por novas reservas, com uma média de 29 poços exploratórios por ano entre 2018 e 2022, quase o dobro dos 15 verificados no biênio 2016 e 2017.

A área de Refino e Gás receberá US$ 13,1 bilhões, com destaque para logística de gás e qualidade de combustíveis. O único projeto de ampliação de refino previsto é a segunda fase da Refinaria de Pernambuco, que depende ainda da busca por parceiros dispostos a ajudar no investimento.

A empresa projeta gerar US$ 141,5 bilhões entre 2018 e 2022. Somando o volume de venda de ativos, terá uma geração total de US$ 162,5 bilhões, que seria suficiente, segundo comunicado distribuído nesta segunda, para cumprir com todas as obrigações e investimentos no período.

A empresa mantém a meta de chegar ao fim de 2018 com uma relação entre dívida e geração de caixa de 2,5 vezes, contra os 3,4 vezes do terceiro trimestre de 2017. No quarto trimestre de 2018, diz o plano, a dívida líquida da empresa será de US$ 77 bilhões, contra US$ 88 bilhões em setembro deste ano.

O plano considera que o preço do petróleo ficará em US$ 53,00 por barril e 2018 e subirá gradualmente até atingir US$ 73,00 por barril em 2022. O câmbio também terá trajetória ascendente, passando de R$ 3,44 por dólar em 2018 a R$ 3,80 por dólar em 2022.

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