quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Polícia e Ministério Público do Pará prendem o presidente executivo e mais dois diretores nacionais do grupo lixeiro Solvi


Três diretores do grupo lixeiro Solvi, o presidente nacional executivo, Lucas Rodrigo Feltre, mais o diretor responsável pelas Operações na Região Sul, Diego Nicoletti, e ainda o diretor Lucas Dantas Pinheiro, todos responsáveis pela construção e operação fraudulenta e criminosa do aterro de Marituba. Todos os diretores foram presos ontem. Eles foram alvos da Operação Gramacho, um trabalho conjunto da Polícia Civil e Ministério Público do Estado do Pará. A acusação é de vários crimes ambientais: poluição atmosférica, poluição hídrica, construção de obras potencialmente poluidoras sem licença ambiental, elaboração de licenciamento, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso. Eles deverão ser transferidos de São Paulo e da Bahia para Marituba até hoje, para serem ouvidos em audiência de custódia.

A operação foi realizada em Belém, Marituba, São Paulo (SP), Feira de Santana (BA) e Salvador (BA). Além dos mandados de prisão preventiva contra os diretores da empresa Guamá Tratamento de Resíduos Ltda. e CPTR-Marituba, foram cumpridos cinco mandados de condução coercitiva e 16 mandados de busca e apreensão. A empresa está proibida de fazer contratos com o poder público. Os mandados foram expedidos pela juíza Tarcila Souza de Campos, da 2ª Vara Cível de Marituba.

As pessoas conduzidas coercitivamente também são da administração ou funcionários da Guamá Tratamento de Resíduos, que pertence ao grupo Solvi Participações S/A, proprietário das empresas Revita Engenharia e da empresa Vega. Também foram cumpridos mandados para proibição de ausentar-se do país e de garantir o funcionamento do aterro. Escapou da prisão o grande chefão da lixeira Solvi, o empresário Carlos Leal Villa. Empresários lixeiros como ele têm o hábito de nomear testas de ferro para suas empresas. Assim quando houver qualquer problema, vão presos os testas de ferro, enquanto escapam os verdadeiros donos dos empreendimentos criminosos. 

O Grupo Solvi, com esses mesmos diretores, está envolvido na tentativa de montagem de um aterro ilegal, em área de amortecimento de área de proteção ambiental, em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, cujo projeto já foi condenado por grupo técnico da Câmara de Proteção da Bacia Hídrica do Rio Gravataí. 

O Grupo Solvi é dono da empresa CRVR (Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos), em sociedade com os donos do grupo minerador Copelmi. A CRVR é dona do aterro de Minas do Leão, que recebe o lixo de quase 150 municípios do Rio Grande do Sul e fica distante 118 quilômetros de Porto Alegre. No Rio Grande do Sul o grupo Solvi tem um verdadeiro monopólio, porque domina os aterros e assim indica quem irá ganhar cada licitação municipal para contratação de empresas de coleta de lixo e também de transporte. 

Nas fotos abaixo veja os verdadeiros absurdos da gigantesca montanha de lixo incrustada no meio da Floresta Amazônica, perto de Belém do Pará, em Marituba. 

 


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