domingo, 10 de dezembro de 2017

Prefeitura de Tijucas emite parecer contra indústria de processamento de lixo e geração de energia elétrica


A Secretaria de Obras, Transportes e Serviços Públicos de Tijucas, na Grande Florianópolis, emitiu parecer contrário à instalação de uma indústria de processamento de lixo no bairro Nova Descoberta. O projeto, nos mesmos moldes dos Ecoparques existentes no Japão e na Espanha, promete industrializar 1.000 toneladas de lixo por dia e reciclar pelo menos 20% dos rejeitos. O restante do material seria usado na geração de energia elétrica.


O parecer se baseia principalmente no Plano Diretor do Município e é assinado pelo engenheiro civil Miguel Arcanjo Neto. Segundo ele, a área pretendida pela empresa Haztec, do Rio de Janeiro (proprietária do gigantesco aterro sanitário que funciona no município fluminense de Seropédica) que é responsável pelo empreendimento, é uma Macrozona Rural e não permite esse tipo de atividade, conforme a Lei Complementar 05/2010.

O engenheiro também criticou as opções de acesso apresentadas pela empresa, lembrando que a ponte sobre o rio Tijucas, na comunidade da Itinga, apresenta restrições para o tráfego de caminhões pesados. A empresa pretende processar todo o lixo da Grande Florianópolis. No último final de semana, moradores da comunidade de Nova Descoberta voltaram a protestar contra o empreendimento e promoveram uma audiência pública, que contou com a participação de lideranças da região e do prefeito Elói Mariano Rocha (PSD). Ele garantiu que, enquanto a comunidade não aceitar o empreendimento, não haverá liberação para o início das obras.

Segundo ele, o parecer técnico “ oficializa o posicionamento contrário da prefeitura, elencando uma série de motivos contra o empreendimento. Entre eles estão questões ambientais, já que no imóvel onde se pretende construir o Ecoparque estão dois cursos de água e uma nascente”, completou. A Haztec não participou da audiência pública.

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