quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Procuradoria Geral da República denuncia o deputado da tatuagem por roubo de dinheiro público


A Procuradoria Geral da República informou nesta quarta-feira (20) ter denunciado o deputado  federal Wladimir Costa (SD-PA) e mais cinco pessoas pelo crime de peculato por desvio de R$ 230 mil que deveriam ter sido aplicados em atividades esportivas no Pará. A denúncia foi apresentada nesta terça-feira (19) e, segundo a Procuradoria Geral da República, os acusados desviaram recursos destinados à realização de aulas de canoagem em um instituto no Pará.

Segundo a Procuradoria Geral, os R$ 230 mil foram repassados ao Instituto Nossa Senhora de Nazaré de Educação, Esporte e Lazer de Barcarena (PA), por meio de um convênio com o Estado do Pará.  Este convênio, diz a Procuradoria Geral da República, via Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, previa a realização de aulas de canoagem no instituto, mas o projeto "nunca existiu".

"De acordo com as investigações, Wladimir Costa era o líder do esquema. Por sua iniciativa, foi criado o Instituto Nossa Senhora de Nazaré, sob o pretexto do desenvolvimento das aulas a jovens na praia do Caripi, em Barcarena (PA), ocultando a verdadeira motivação de desviar recursos públicos", afirma o Ministério Público Federal.

Ainda de acordo com a Procuradoria Geral da Repúbica, as investigações mostraram também que há fraudes relacionadas a empresas que deveriam prestar serviços ao instituto para as aulas de canoagem. A empresa contratada para fornecer motos aquáticas, por exemplo, "não existe no endereço informado nos dados cadastrais", e a empresa contratada para fornecer o material didático apresentou conteúdo "incompatível" com aulas de canoagem.

Na denúncia, segundo a Procuradoria Geral da República, a procuradora-geral Raquel Dodge afirma ser "circunstancial" acrescentar que entre 2007 e 2013 o único projeto "supostamente desenvolvido" pelo Instituto Nossa Senhora de Nazaré foi o de canoagem.

Também nesta terça-feira, Wladimir Costa foi condenado à perda do mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. Como ele ainda pode recorrer, não perderá o mandato.

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