quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Raquel Dodge diz que seu ex-colega Marcelo Miller teve conduta gravíssima e irremediável


Na manifestação em que pediu a homologação da rescisão do acordo de colaboração do empresário açougueiro bucaneiro Joesley Batista e de seu executivo Ricardo Saud, Raquel Dodge classifica como “gravíssima” a conduta do ex-procurador Marcelo Miller. A Procuradora Geral da República cita uma série de indícios reunidos nos últimos três meses, incluindo depoimentos, documentos e mensagens eletrônicas trocadas entre MarceloMiller, advogados do escritório Trench, Rossi e Watanabe e os próprios colaboradores. Para Raquel Dodge, esses elementos “deixam claro que Miller atuou na defesa dos interesses de Joesley e Ricardo, antes do dia 5 de abril, quando deixou o MPF”. A manifestação menciona, ainda, resposta do escritório sobre o envio de fatura à J&F para o pagamento de R$ 700 mil por serviços prestados por Marcelo Miller nos meses de março, abril e maio. A forma como se deu esse procedimento não seguiu “os padrões internos para a realização de cobrança de honorários”. Além disso, o escritório admitiu que, quem de fato, trouxe o trabalho do cliente J&F para o TRW foi Marcelo Miller. “Os atos que envolvem o ex-procurador da República Marcelo Miller, longe de terem menor potencial ofensivo ou apenas pontual, são conduta gravíssima, de extrema deslealdade e má-fé, sendo irremediáveis em razão da evidente quebra de confiança no sistema de justiça, que produziram".

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