quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

TRF5 nega pedidos para libertar ex-ministro peemedebista Henrique Eduardo Alves


O Tribunal Regional Federal da 5ª Região negou, na manhã desta quinta-feira (14), seis pedidos de habeas corpus para extinguir as acusações contra o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara, o peemedebista Henrique Eduardo Alves, investigado pela Operação Lava Jato. O advogado do ex-ministro, Marcelo Leal, adiantou que vai recorrer. Henrique Eduardo Alves está preso desde o dia 6 de junho deste ano. 

Marcelo Leal lamentou que a defesa tenha perdido todos os pedidos de habeas corpus, mas adiantou que irá recorrer da decisão no Supremo Tribunal de Justiça. “Nós esperávamos essa negativa porque acreditamos nas teses que estavam sendo veiculadas. Porém, respeitamos a decisão, mas vamos recorrer e ganhar todas”, afirmou ele. Os pedidos foram julgados pela 1ª Turma do TRF5. Segundo o procurador Wellington Cabral Saraiva, o primeiro habeas corpus foi referente a acusações de corrupção que envolvem a construtora propineira carioca Christiani Nielsen. O segundo tem relação com as investigações contra a construtora propineira Andrade Gutierrez. 

O ex-ministro do Turismo foi preso em um desdobramento da Operação Lava Jato que investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Alves foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer. Para a Polícia Federal, mesmo depois de ser preso, o ex-parlamentar comandou um esquema de ocultação de bens e fraude de licitações, por meio de assessores e pessoas ligadas a ele. O delegado federal Oswaldo Scalezi Júnior comentou que Alves passou a ter duas condutas. Ele praticaria, com seus assessores, a ocultação de seus bens. Com ajuda dos assessores, o ex-parlamentar também faria articulações com prefeituras do Rio Grande do Norte para direcionar licitações. 

Na última operação, foram presos um funcionário do Ministério do Turismo e dois assessores de Henrique Alves. Ao todo, foram cumpridos 27 mandados, sendo três de prisão, dois de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e o restante de busca e apreensão. Em novembro deste ano, foi divulgada uma conversa interceptada com autorização judicial na qual a filha dele, Andressa, conta que a única coisa que o pai tem reclamado na prisão é do "banho gelado”. 

Na conversa gravada, ela diz que Alves está “gordinho”, que está sendo cuidado por uma mulher de nome Rita, que pinta seu cabelo e não deixa a barba crescer. Andressa também relata que um juiz deixou ele ter uma televisão e que consegue vê-lo sábado e domingo, das 13h às 17h, situação que, na avaliação dela, é melhor que a de outros presos como ele.

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