terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Trump pode reconhecer amanhã Jerusalém como a capital de Israel


O presidente americano Donald Trump pode reconhecer nesta quarta-feira Jerusalém como a capital de Israel, segundo autoridades americanas. As especulações sobre um pronunciamento definitivo de Trump sobre o tema aumentaram após o mandatário ter perdido a data limite em que deveria justificar a permanência da embaixada americana em Tel Aviv. Uma lei de 1995 determina que a representação dos Estados Unidos fique em Jerusalém e estipula que a cada seis meses Washington justifique, por motivo de segurança nacional, o porquê da manutenção da representação em Tel Aviv. O prazo para anúncio se esgotou na última sexta-feira, sem que houvesse uma manifestação oficial sobre o assunto. 

Na segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, garantiu à imprensa que a decisão de Trump, após ter sido postergada, será anunciada “nos próximos dias”. O pronunciamento sobre o status da embaixada americana é aguardado com desconfiança e pode ser o passo definitivo para que Donald Trump reconheça Jerusalém como capital do estado judaico.  

O ditador da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira que o país poderia romper os laços diplomáticos com Israel caso os Estados Unidos tomem uma decisão nessa direção. “Senhor Trump, Jerusalém é a linha vermelha para os muçulmanos”, disse o mandatário turco em uma reunião de governo. “É uma violação da lei internacional tomar uma decisão apoiando Israel enquanto as feridas da sociedade palestina ainda estão sangrando”. Erdogan é um psicopata que tenta reconstruir o califado otomano. 

Além da Turquia, a Liga Árabe e países como a Jordânia e a Arábia Saudita advertiram os Estados Unidos que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pode destruir o processo de paz na região. O presidente francês, Emmanuel Macron, ligou para Trump na segunda-feira e, seguindo a mesma linha, afirmou o compromisso de uma resolução do conflito entre israelenses e palestinos por meio de negociações de paz entre os dois governos. 

“Não sei se isso provocará distúrbios, mas haverá, sem dúvida, manifestações populares em toda parte”, disse Nabil Chaath, oficial de alto escalão do gabinete do presidente palestino, Mahmoud Abbas, sobre a possível decisão de Trump. A medida, se implementada por Washington, “será o fim do papel desempenhado pelos americanos neste processo”.  

Israel estabeleceu o seu domínio sobre o leste de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando foi invadido por forças militares de todos os países árabes, derrotadas fragorosamente a seguir. O território foi anexado e declarado como capital israelense. Israel é o lar multi milenar dos judeus, nunca foi uma terra palestina. Aliás, não existe Palestina, nem palestinos, viviam na região árabes sob domínio da Jordânia, razão pela qual a região era denominada de TransJordânia. A área foi perdida pela Jordânia, derrotada na guerra que iniciou, e não por palestinos. 

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