quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Embraer encerra ano com 210 jatos entregues e US$ 18,3 bilhão em pedidos em carteira

A Embraer divulgou nesta terça-feira (16) que ficou dentro de sua meta e entregou 210 jatos em 2017 -101 comerciais e 109 executivos (72 leves e 37 grandes). A estimativa da companhia para o ano era de entregar de 97 a 102 jatos comerciais - de 70 a 80 jatos executivos leves e de 35 a 45 jatos executivos grandes. A empresa brasileira terminou o ano com uma carteira de pedidos firmes de US$ 18,3 bilhões. Segundo a Embraer, desde que foi fundada, em 1969, a empresa de São José dos Campos já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, 145 milhões de passageiros são transportados anualmente por aparelhos da companhia.

Em dezembro de 2017, a imprensa noticiou que a americana Boeing negocia parceria com a Embraer. O negócio pode levar à venda de alguma parte da operação da brasileira. O movimento da Boeing é uma resposta à compra anunciada pela Airbus do controle do programa de jatos regionais CSeries, da Bombardier, que custou US$ 6 bilhões para ser desenvolvido. A Embraer travou uma dura briga com a canadense, que envolveu queixas por subsídios nacionais, e venceu: tem 46% do mercado regional, ante 34% da rival.

Os europeus colocaram um pé no nicho de jatos de 61 a 120 passageiros. A grande aposta da brasileira é o programa EJets-2, que está mais avançado do que o CSeries. Airbus e Boeing seguem disputando palmo a palmo o mercado de aeronaves maiores, que também é cobiçado pela novata chinesa Comac: estima-se que mais de um terço da demanda de aviões até 2030 no mundo seja da região da Ásia-Pacífico. No mercado, a especulação é sobre uma participação da Boeing por meio de injeção de capital ou com a criação de uma joint venture específica para os jatos regionais.

As linhas de defesa e de aviação executiva da Embraer permaneceriam como estão hoje, pelas conversas iniciais. Os principais acionistas da Embraer são a Brandes Investments Partners (15%), BNDESPar (5,4%), A Previ (4,8%) e Oppenheimer Funds (4,8%). Outros somam 73,86%, e 0,94% é de ação em tesouraria. A fabricante sediada em São José dos Campos faturou R$ 21,4 bilhões em 2016. No terceiro trimestre de 2017, obteve lucro de R$ 351 milhões.

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