terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Geração de energia solar cresce em cidades da região de Sorocaba


Gerar a própria energia elétrica em casa tem sido a opção de um número maior de sorocabanos. Em 2017, de acordo com dados da Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) até setembro, 87 consumidores de Sorocaba e região produziam energia por meio da instalação de placas fotovoltaicas. Isso representa crescimento de 135% em relação ao mesmo período de 2016, quando apenas 37 consumidores utilizavam a modalidade. Os dados são referentes aos clientes nas cidades de Sorocaba (50 clientes), Itu (21), Votorantim (9) e Araçoiaba da Serra (7). Os clientes que aderem ao programa podem abater da conta de luz o volume de energia produzido pelos painéis solares. Se o consumo for menor que a quantidade de energia produzida, a diferença se torna um crédito. Como o cliente ainda recebe uma fatura -- pois precisa utilizar a energia da concessionária durante a noite -- esse "desconto" pode ser utilizado para reduzir o valor da conta. Os créditos apurados podem ser utilizados em até 60 meses. A eventual energia excedente produzida pelos clientes é retornada à distribuidora.

A gerente comercial da Envo -- braço da CPFL que atua na energia solar -- Ananda Valei Christensen, conta que os clientes podem utilizar os créditos gerados em um imóvel, para abater créditos em outro local -- desde que as áreas sejam atendidas pela mesma distribuidora de energia. Por exemplo: a pessoa possui uma apartamento em Sorocaba, onde não há espaço para instalar as placas solares, e uma chácara em Araçoiaba da Serra. Assim, poderia utilizar os créditos gerados na chácara para abater a conta de sua residência.

De acordo com a gerente, a economia na fatura de energia do consumidor pode chegar a até 95%. O investimento inicial varia: para a compra dos equipamentos e instalação suficiente a uma casa com quatro pessoas, estaria entre R$ 12 mil a R$ 15 mil. Com a economia gerada na conta de luz, o retorno financeiro é estimado em torno de seis anos. A maior parte dos clientes seriam consumidores residenciais (89% das instalações realizadas na região), porém estabelecimentos comerciais e indústrias também podem aderir. Ananda destaca que a utilização da energia solar é benéfica ao meio ambiente, por diminuir a utilização de água nas hidrelétricas e a ativação das termoelétricas - que são mais poluentes. "É um sistema que gera um energia limpa e sustentável", afirma. 


O engenheiro de automação Marcel Roberto Almeida, de 42 anos, utiliza a energia solar desde julho de 2017. O gasto mensal da família de quatro pessoas com energia é de em média R$ 65,00 mas ele estima que sem o sistema chegaria a R$ 350,00. O engenheiro, que mora em um condomínio de Sorocaba, conta que o imóvel já foi projetado com o objetivo de utilizar a tecnologia solar. "A concepção da casa já foi em cima da energia solar", diz. Marcel relata que com toda a estrutura, equipamento e encanamentos do imóvel o custo total chegou a aproximadamente R$ 35 mil. Porém, ele pondera que o encanamento para aquecimento a gás seria ainda mais caro que o utilizado para a energia elétrica. Como vantagens do sistema com energia elétrica, cita a oferta instantânea de água quente nas torneiras e chuveiros, sem a necessidade de deixar a água correr por um tempo - economizando assim também o recurso hídrico. "Não é só o custo mensal a vantagem. É também para o meio ambiente", afirma.

A gerente Ananda informa que os interessados em aderir devem entrar em contanto com a Envo (envo.com.br), informando endereço e consumo mensal. A partir daí, será agendada uma visita ao cliente para verificar as instalações do imóvel, onde e quais equipamentos serão necessários para a geração de energia. O modelo mais tradicional de instalação das placas solares é o aproveitamento dos telhados, onde há maior incidência solar sem sobras, embora também haja a opção de instalar no solo. Para que os consumidores possam usufruir do abatimento da conta de luz, é necessário solicitar a homologação do sistema fotovoltaico à distribuidora local, no caso de Sorocaba, a CPFL Piratininga.

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