sábado, 20 de janeiro de 2018

Maior lixão da América Latina, inacreditavelmente em Brasília, encerra atividades neste sábado, o Lixão da Estrutural


Considerado o maior lixão a céu aberto da América Latina, o Lixão da Estrutural, em Brasília, foi desativado neste sábado, após quase 60 anos em funcionamento. Com aproximadamente 200 hectares, a área fica próxima ao Parque Nacional de Brasília e a cerca de 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios. O local integra a lista dos 50 maiores depósitos de lixo a céu aberto do mundo. “Não podíamos conviver com uma ferida aberta em plena capital do País, como o lixão da Estrutural, onde seres humanos buscavam sustento de forma indigna, colocando a vida em risco; isso será parte do passado desta cidade a partir de agora,” disse nesta sexta-feira (19) o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, no Aterro Sanitário de Brasília que, a partir deste sábado (20), já passou a receber cerca de 2,7 mil toneladas diárias de lixo que eram destinadas ao lixão da Vila Estrutural.


O encerramento das atividades do lixão estava previsto para o segundo semestre de 2017, mas foi adiado após acordo com os catadores de material reciclável. O valor pago às cooperativas por tonelada de resíduos separada nos galpões de triagem, vai passar dos atuais R$ 92,00 para até R$ 350,00. Além do que receberão pela venda do material reciclável, como forma de compensar os catadores pela redução da demanda de resíduos, os profissionais cadastrados das cooperativas que trabalharem nesses galpões terão direito a uma ajuda financeira temporária de R$ 360,75. “Essas medidas somam uma média de R$ 1,2 mil por mês para os catadores que trabalharem entre quatro e seis horas por dia”, disse o governador. A inclusão dos catadores também abrange a contratação de cooperativas para prestar serviços de coleta seletiva. Atualmente, das 30 regiões administrativas (RAs) do Distrito Federal, 17 são atendidas por coleta seletiva. De acordo com Rollemberg, a coleta deverá ser ampliada para todas as RAs até o final do ano. Esse modelo é adotado desde maio de 2015, quando quatro grupos de catadores assumiram o trabalho em quatro RAs. Na terça-feira (16), mais sete cooperativas assinaram contratos para prestar serviços de coleta seletiva em dez regiões do Distrito Federal. Após a desativação, o lixão da Estrutural passará a receber apenas resíduos da construção civil. Brasília continua dando mau exemplo. Lixo é energia. Se o governo do Distrito Federal instalasse no local uma usina para queima do lixo e geração de energia, estaria produzindo energia, ganhando muito dinheiro com a venda da energia elétrica, recolhendo impostos dessa venda, e promovendo um dos maiores planos mundiais de recuperação ambiental. Mas, como sempre, no Brasil, a escolha é pelo modelo mais barato, mais sujo, mais porco, e mais corruptor, Aterros sanitários são empreendimentos de baixíssima aplicação de tecnologia, baratos, e fonte de grande corrupção na política, porque um dono de aterro controla licitações de lixo promovidas pelas prefeituras e indica quem deverá ganhar. Só os Ministérios Públicos, estaduais, distrital e federal é que fazem de conta não saber disso. O Brasil, país carente em energia elétrica, onde é um produto caríssimo, despreza a maior fonte de energia segura existente no território nacional, a única capaz de gerar energia todos os dias, com absoluta segurança. 



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