segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Mortes causadas pela febre amarela sobem para 36 no Estado de São Paulo

O número de mortes causadas por febre amarela no Estado de São Paulo subiu para 36 desde janeiro de 2017, segundo novo balanço da Secretaria Estadual de Saúde, divulgado na noite de sexta-feira (19). Há uma semana o número era de 21 óbitos em decorrência da doença. Com isso, o número de casos confirmados da doença também cresceu, de 40 para 81, no período. A cidade de Mairiporã, na região metropolitana concentra mais da metade dos casos, chegando a 41. Juntas Mairiporã, Atibaia (9) e Amparo (3), totalizam dois terços dos casos - não há confirmação de casos na capital paulista. Apesar do aumento de casos e óbitos provocados pela febre amarela, o governo estadual alerta que as pessoas que estão fora da área considerada de risco não têm necessidade de buscar a imunização. Elas poderiam se expor em regiões afetadas e prejudicar o atendimento às pessoas que de fato precisam da vacinação.

As outras cidades com casos da doença são: Águas da Prata, Américo Brasiliense, Batatais, Bragança Paulista, Caieiras, Campinas, Itatiba, Itapecerica da Serra, Jarinu, Jundiaí, Mococa, Cássia dos Coqueiros, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Cruz do Rio Pardo, Santa Lucia, São João da Boa Vista e Tuiuti.

O Estado de São Paulo já havia anunciado na quinta-feira (18) uma nova antecipação do mutirão que disponibilizará doses fracionadas da vacina para 54 cidades paulistas para 25 de janeiro. Apenas na capital, onde 16 distritos também entrarão na campanha, a antecipação será para o dia 26, devido ao ferido pelo aniversário da cidade. A Prefeitura de São Paulo chegou a solicitar, também na quinta-feira (18), 150 mil doses da vacina contra a febre amarela ao Ministério da Saúde, o que, segundo o secretário, vai garantir o abastecimento dos postos até o início do mutirão, que iniciará a aplicação das doses com 0,1 ml da vacina -a dose padrão tem 0,5 ml.

As vacinas fracionadas têm o mesmo efeito da padrão, mas menor tempo de duração. Enquanto a dose padrão vale para a vida toda, a fracionada deverá ser reforçada em oito anos, segundo estudos apontados pelo Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a campanha seguirá até 17 de fevereiro e se estenderá por 54 municípios, sendo que nos dias 3 e 17 do próximo mês os postos deverão operar em regime especial para intensificar a imunização -  serão dos "Dias D" da campanha.

O mutirão vai alcançar as regiões da Grande São Paulo, Vale do Paraíba e Baixada Santista. Na capital, a campanha estará em 15 distritos das zonas leste e sul: Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro e Vila Andrade, na sul; e Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianazes, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael, na leste.

Nas áreas do Estado onde já há vacinação em razão da circulação do vírus, como a zona norte da capital, a imunização seguirá com a vacina padrão. Na última terça (16), a OMS (Organização Mundial da Saúde) incluiu todo o Estado de São Paulo no mapa de risco de febre amarela e recomendou a vacinação de viajantes internacionais com destino a qualquer município paulista, seja em área urbana ou de mata. 

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