quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Representante de juízes federais pede reforço em julgamento da organização criminosa petista, Lula

Em visita à ministra Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal na segunda-feira (15), o presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Roberto Veloso, pediu reforço de segurança para o prédio e os juízes do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) em razão do julgamento do chefão da organização criminosa petista e ex-presidente Lula. Veloso disse estar "muito preocupado" com as ameaças de que teve conhecimento, sobretudo as veiculadas em redes sociais. Ele disse que levará a diretoria da Ajufe para visitar o TRF-4 no próximo dia 22 para "prestar solidariedade ao tribunal".

O julgamento do recurso de Lula está marcado para o dia 24. O representante dos juízes federais afirmou que levaria um pedido de providências ao ministro da Justiça, Torquato Jardim. "Vamos levar um pedido para que ele tome medidas acautelatórias e apure as responsabilidades já dos atos convocatórios. Primeiro, se o patrimônio público está ameaçado, é preciso que os órgãos da segurança pública, tanto o federal quanto o estadual, tomem as providências no sentido de garantir que os prédios públicos sejam preservados. Segundo, a questão da segurança dos magistrados, porque uma das principais questões que a Ajufe defende e defenderá sempre é a independência dos juízes", declarou. "A ministra Cármen Lúcia falou que o Conselho Nacional de Justiça é o órgão do Judiciário encarregado da segurança dos prédios públicos. Diante disso, nós vamos encaminhar ainda hoje um ofício ao CNJ pedindo providências". De acordo com Veloso, os magistrados do TRF-4 e seus familiares já tiveram sua segurança reforçada, tanto por agentes do próprio tribunal como da Polícia Federal.
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Para Veloso, está havendo um "alarde desnecessário" em torno do julgamento do recurso de Lula na segunda instância da Justiça Federal, porque não será ainda a decisão final. "Está havendo um alarde sobre esse julgamento desnecessário, porque o Brasil é pródigo em recursos. Caso venha a ser confirmada a sentença, haverá possibilidade de recurso para o Superior Tribunal de Justiça, haverá possibilidade de recurso para o STF, e dependendo de haver maioria ou não, o próprio tribunal pode ser um destinatário de recursos", disse. "O deferimento da candidatura daquele que está sendo acusado da prática dos crimes será feito pelo Tribunal Superior Eleitoral e esse deferimento só vai ocorrer a partir de agosto. Não precisa esse alarde que se está fazendo agora, ainda há um caminho processual muito grande a ser trilhado. Mas é preciso que a magistratura tenha condições de independência e tranquilidade", declarou Veloso.

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