quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Embraer projeta aumento de vendas na Ásia e confirma estudos para criação de empresa com a Boeing

A Embraer anunciou hoje que espera vender 3.010 aeronaves novas do segmento de 150 passageiros na Ásia-Pacífico nos próximos 20 anos e confirmou que estuda a criação de uma nova empresa com a Boeing. As duas informações foram comunicadas aos investidores da empresa: uma na página da empresa na Internet e a segunda na nota enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil. Segundo o comunicado publicado na sua página na Internet, a projeção sobre a venda de aeronaves na Ásia-Pacífico representa a ambição da empresa de conquistar 29% da procura mundial do segmento naquele período. "A demanda total do segmento é de 10.550 novas aeronaves nos próximos 20 anos", frisou a empresa.

Na nota enviada à CVM, órgão que fiscaliza a ação das empresas no mercado brasileiro, a fabricante de aeronaves informou que apresentou um projeto ao governo brasileiro sobre a possível criação de uma empresa em parceira com a Boeing. "O projeto que a Boeing apresentou ao governo na semana passada prevê que a gigante americana de aviação controlaria de 80% a 90% de uma nova empresa que receberia toda a área de aviação comercial da Embraer, tanto de jatos regionais quanto executivos", diz o comunicado. Se a proposta se efetivar, a Embraer destaca que "a nova empresa passará por uma avaliação e a Boeing proporá à Embraer a compra de 80% a 90% de seu capital em dinheiro". "A Embraer não teria qualquer ingerência sobre a área de aviação comercial. Teria direito apenas ao fluxo de dividendos correspondente a 10% a 20% dos resultados da nova empresa", completou à CVM.

A empresa brasileira reiterou ainda que "não recebeu proposta da Boeing e que não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar. Não há, especificamente, nenhuma definição acerca da eventual participação da Boeing e da Embraer em qualquer segmento das operações da Embraer, quer política ou econômica". A fabricante aérea brasileira mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilômetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, arredores de Lisboa.

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