sexta-feira, 6 de abril de 2018

João Doria renuncia à prefeitura de São Paulo com choro, foi o maior enganador na história da cidade, marqueteiro vazio



A última reunião de João Doria (PSDB) como prefeito de São Paulo na tarde desta sexta-feira (6) foi a portas fechadas, sem público ou jornalistas, evitando assim o desgaste por renunciar ao cargo 1.000 dias antes do fim do mandato. Mas, no espaço reservado, o agora ex-prefeito teve performance ao seu estilo habitual, com citações a Mahatma Gandhi, vídeo com vitória de Ayrton Senna, choro, medalhas e antipetismo. Ao fim, passou o bastãopara o vice, Bruno Covas (PSDB). Doria é um político lastimável, marqueteiro ordinário de quinta categoria, o maior fracasso e decepção que já passou pela prefeitura de São Paulo.

Diante de uma plateia de secretários, vereadores da base aliada, empresários e familiares, Doria leu trechos de um livro sobre Mahatma Gandhi que disse ter ganhado de uma eleitora um dia antes. Ele usou uma citação atribuída ao líder pacifista para descrever seu estilo de governar: "Melhor um 'não' com convicção do que um 'sim' dito apenas para agradar ou, pior, para evitar problemas". Ridículo, com lances vulgares de marquetavem de décima categoria. Após 15 meses de gestão, Doria deixa o cargo para concorrer ao posto de governador do Estado, sem ter feito absolutamente nada pela capital paulista, e desprezando solenemente o primeiro mandato que recebeu em sua vida.

Doria foi às lágrimas mais de uma vez enquanto passava um filme com suas "realizações", ao distribuir medalhas para secretários e empresários e, por fim, ao exibir vídeo com vitória árdua de Ayrton Senna no Grande Prêmio do Brasil, em 1993, sob chuva. Ao longo do mandato, Doria tentou colar sua imagem à de Senna algumas vezes, utilizando em eventos públicos o "tema da vitória" tocado pela TV Globo a cada vitória do piloto. Desta vez, pretendeu associar o tricampeão mundial de F-1 ao sentimento patriótico e à sua própria sanha antipetista: chacoalhou uma bandeira do Brasil e disse que "essa bandeira nunca será vermelha". Repetiu o que disse quinta-feira (5): "Fiz mais em 15 meses do que o Haddad em quatro anos". Fez lixo. O ex-prefeito foi bastante aplaudido quando exaltou o PSDB, afirmando que o partido "vai deixar de ter muro", pedindo mais união para os tucanos. Após a troca de bastão com Bruno Covas, Doria deu uma rápida entrevista na qual apresentou um vídeo de 12 minutos sobre seus feitos no qual tenta justificar a decisão de abandonar o cargo. O tucano também criticou a imprensa.

O vídeo, que será divulgado nas redes sociais do tucano, faz um balanço da gestão. "Entendo e respeito o sentimento de quem desaprova minha saída da prefeitura. Confesso: foi uma decisão muito difícil. Mas tenho que dizer aqui: é fundamental que o governo e a prefeitura estejam alinhados", diz, no video. Ele ainda afirma que "a sede do governo de São Paulo fica dentro da cidade de São Paulo". Doria diz, na peça de marketing, que criou 42 mil vagas em creche. Na verdade, segundo dados oficiais, foram criadas 27,5 mil vagas e houve a assinatura de convênio para criação de mais cerca de 14 mil - o prazo estipulado para isso é de dois meses. O tucano descumpriu promessa de criar 65 mil vagas até março deste ano. O ex-prefeito também diz ter inaugurado o hospital de Parelheiros, no extremo sul da capital. No entanto, apenas o pronto-atendimento da unidade, cujas obras foram iniciadas na gestão anterior, foi de fato entregue para a população. 

O evento foi lotado por aliados, como vereadores tucanos, o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), e o presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris (PSDB). O novo prefeito, Bruno Covas, também participou, ao lado do filho. Todos aplaudiram Doria ao fim do vídeo.

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