segunda-feira, 2 de abril de 2018

Rui Palmeira não descarta nova licitação para o aterro sanitário de Maceió


O prefeito Rui Palmeira (PSDB) afirmou, na terça-feira (27), que não está descartada a possibilidade de a prefeitura de Maceió realizar uma nova licitação para a gestão do aterro sanitário. Na semana passada, o Ministério Público de Contas apontou irregularidades no contrato firmado pelo município. Segundo ele, a prefeitura tem acatado as recomendações e analisado as formas de solucionar os problemas. Uma das possibilidades é o cancelamento do contrato e a realização de novo processo licitatório. "Nós recebemos a notificação do MP e do MP de Contas e já acatamos as recomendações. Vamos cumprir rigorosamente o que foi determinado por esses órgãos, algo que vem de 2011, da gestão passada, e o que a gente puder fazer para regularizar esse processo, nós vamos fazer", afirmou o prefeito. E complementou: "Existe a possibilidade de nova licitação. A gente vai acatar todas as recomendações e, se for o caso, a gente vai ter que proceder com um novo processo licitatório". Para variar, a empresa que faz a coleta e destinação final do lixo em Maceió é a famigerada megalixeira Estre, do megalixeiro Wilson Quintella Filho.

Ambos, Estre e empresário, estão profundamente envolvidos nas patifarias do Petrolão, e foram denunciadas na Operação Lava Jato na delação premiada do corrupto Sérgio Machado, ex-todo poderoso chefe da Transpetro. No começo de março, a Estre, Wilson Quintella Filho e o novo presidente do grupo megalixeiro, Sérgio Pedreiro, sofreram ação de busca e apreensão, também de prisões, da Polícia Federal, na Operação Descarte. A empresa é acusada de haver fraudado a prefeitura de São Paulo em mais de 300 milhões de reais. As compras superfaturadas foram feitas pelo Consórcio SOMA, integrado pela empresa lixeira Cavo, que pertence à Estre. O fato foi comunicado ao mercado no Brasil e nos Estados Unidos, porque a empresa tem ações na Nasdaq, bolsa norte-americana. Mas o comunicado aos acionistas americanos omitiu que tanto o ex-proprietário quanto o atual executivo principal do grupo, colocado no lugar pelo banco BTG, têm diretas responsabilidades nos crimes investigados na Operação Descarte. 

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