terça-feira, 8 de maio de 2018

Argentina, quebrada, mais uma vez pede socorro ao FMI

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta terça-feira, 8, que seu governo decidiu iniciar conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por uma linha de apoio financeiro. "Há minutos falei com Christine Lagarde, diretora do FMI, e ela me confirmou que começaremos hoje mesmo a trabalhar em um acordo", afirmou Macri, que atravessa sua primeira crise em pouco mais de dois anos de governo. Com a forte desvalorização do peso, o Banco Central do país aumentou a taxa básica de juros de 27,5% para 40% – a maior taxa nominal do mundo.


Macri defendeu, em sua fala, a atual "política econômica gradualista", que segundo ele busca "equilibrar o desastre que nos deixaram nas contas públicas, cuidando dos setores vulneráveis e ao mesmo tempo garantindo o desenvolvimento". Ele lembrou, contudo, que essa política "depende muito do financiamento externo". O presidente argentino disse que, nos dois primeiros anos de seu governo, o contexto mundial foi muito favorável. "mas isso hoje está mudando, as condições mundiais estão cada dia mais complexas", comentou, citando razões como a alta dos juros em vários países e o avanço do petróleo e de outras moedas. "Somos dos países do mundo que mais dependem do financiamento externo", admitiu, atribuindo o problema a erros de governos passados. Macri disse que um acordo com o FMI dará maior respaldo à Argentina para enfrentar o novo cenário global "e evitar crises como as que tivemos em nossa história". Segundo ele, a decisão foi tomada de maneira transparente. "Cumprindo com os compromissos e afastando-nos da demagogia e da mentira, estou convencido de que o caminho que tomamos irá garantir um melhor futuro para todos", argumentou.

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