quarta-feira, 9 de maio de 2018

Assessora do PT cobra aluguéis ilegais de sem-teto em invasões em São Paulo, a prova são áudios em grupo no Whatsapp


 “Quem está aberto em abril, eu aconselho vir urgente acertar. Quem não vier, à noite estarei na porta. Nem se for 2h da manhã eu vou bater para cobrar.” “Senhores porteiros da rua Marconi: a Conceição, do 4º andar, o prazo dela acaba no domingo. A partir de segunda ela não entra mais no prédio, só se for para retirar as coisas.”

As frases acima estão no grupo de WhatsApp de moradores e coordenadores do MMPT (Movimento Moradia Para Todos). A autora dos áudios é Ednalva Franco, líder do movimento que controla quatro prédios - na Bela Vista, na Mooca e no Centro (rua Marconi e Capitão Salomão). Filiada ao PT desde 1990, Ednalva Franco é assessora da deputada estadual Marcia Lia (PT-SP) e conhecida ativista sem-teto de São Paulo. É Ednalva que aparece em um episódio de 2013 do programa “Profissão Repórter”, da Rede Globo, saindo com uma SUV nova da garagem de um prédio na República, na capital paulista. “Porteiros, eu vou passar todos os nomes das pessoas que o prazo acaba até domingo. Inclusive a Luciana, do 309”, diz ela em outra mensagem do grupo. “Vou passar toda a lista pra vocês na portaria assim que eu terminar.

Ex-moradores estão procurando jornalistas e relatando abusos, ameaças e a cobrança ilegal de aluguel de R$ 200,00 a R$ 500 por parte dos coordenadores, que são petistas, membros de movimentos asseclas do petismo. Na real, são máfias. “Além do aluguel, a coordenadora sempre inventa uma taxa nova para o pessoal pagar”, disse um ex-morador do edifício São Manuel, na rua Marconi, que não se identifica por temer represálias. Ele calcula que os alugueis só desse edifício rendem pelo menos R$ 35 mil por mês ao movimento.

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