quinta-feira, 3 de maio de 2018

Gleisi visita Lula e diz que Ciro não é pauta do PT e nem da conversa com o bandido corrupto

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira (3), após visita ao bandido corrupto, lavador de dinheiro, chefe da organização criminosa petista e ex-presidente Lula, em Curitiba (PR), que o presidenciável Ciro Gomes (PDT) não foi assunto da conversa. "Não é pauta do PT nem da conversa", disse. Após negociação com a Polícia Federal em Curitiba (PR), onde Lula está preso, Gleisi e o ex-governador Jaques Wagner conseguiram autorização para visitar o petista. Segundo a senadora, ficou combinado que duas pessoas, além da família, poderão visitá-lo durante uma hora nas tardes de quinta-feira. Eles foram os primeiros fora da família a conseguir encontrar Lula, após a negação de uma série de pedidos pela Justiça Federal. No dia 25 de abril, a juíza Carolina Lebbos decidiu que novos requerimentos deveriam ser encaminhados à polícia. 

A senadora interveio quando jornalistas questionaram Wagner sobre sua declaração de terça-feira (1º), quando admitiu que o PT poderia ocupar a vice em uma chapa com o pedetista. Nesta quinta-feira, o ex-governador recuou, dizendo que os apoiadores de Lula vão com ele até o final. "Pelo menos eu não penso em outra coisa a não ser na caminhada para provar a inocência dele", afirmou. Wagner disse que, se Lula for impedido de concorrer, as possibilidades de candidatura serão discutidas depois. Gleisi deixou o prédio da Polícia Federal com um papel rabiscado e os olhos marejados. A senadora afirmou que Lula quis conversar sobre a situação econômica do País e que pediu que ela anotasse alguns dados para levar ao povo. Ela disse que o petista está estudando, lendo e fazendo análises do que realizou como presidente. "Estou desconjurado com a situação da economia brasileira", Lula teria afirmado. Entre os rabiscos, estavam dados sobre o PIB, investimentos, juros, Bolsa Família, lucro dos bancos, consumo, pessoas abaixo da linha da pobreza, desemprego e dívida pública. "Não diziam que era o PT que estava avacalhando com a dívida pública? Não eram eles que iriam consertar o Brasil? Não disseram que saindo a Dilma tudo iria melhorar?", Lula teria questionado.

De acordo com a senadora, o ex-presidente disse que o que o motiva a ser candidato é reverter a situação de destruição do Brasil. "Não discutimos sobre seu processo, ele diz que fica pensando no Brasil o tempo inteiro", afirmou. O petista também pediu para que Gleisi manifestasse solidariedade às famílias que moravam no edifício que desabou no centro de São Paulo, na madrugada de terça-feira (1º). Ele também teria solicitado uma avaliação das políticas habitacionais do PT e uma reunião de especialistas para discutir o tema.

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