sexta-feira, 4 de maio de 2018

Metalúrgicos da Renault rejeitam PLR e entram em greve no Paraná


Na tarde de quarta-feira (2), em assembleia liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) na porta de fábrica, os trabalhadores da Renault rejeitaram a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e vale-mercado apresentada pela empresa. Logo após eles aprovaram o inicio da greve por tempo indeterminado, já que um prazo de 72 horas já tinha sido dado pelos metalúrgicos em assembleia na ultima sexta-feira (27). A proposta oferecida pela empresa era de R$ 24.860,00 (+ INPC de setembro de 2018) de PLR e vale-mercado de R$ 560,00. O acordo oferecido pela empresa seria valido para 2018/19. Mas, como as condições ainda não atendem aquilo que o trabalhador espera, a proposta foi rejeitada. Os metalúrgicos da Renault estão parados até que uma nova proposta, que atenda a realidade da produção dos trabalhadores, seja apresentada pela empresa.

“Os trabalhadores mostraram mais uma vez que estão conscientes da sua realidade e rejeitaram a proposta com autoridade. Eles esperam que o novo acordo traga uma condição mais favorável do que aquelas que eles tinham em outros anos, até pela demanda que a empresa está se propondo para 2018. Entendemos a preocupação dos trabalhadores e entendemos também o momento da economia, com crescimento”, resumiu Sérgio Butka, presidente do SMC. O presidente destacou também que é através da “luta pela mobilização dos trabalhadores que vamos construir um melhor acordo contemplando o que esperam os metalúrgicos". A partir de agora, o Sindicato estará na porta de fábrica na entrada dos turnos para assembleias informativas e principalmente às 14h00 para coordenar assembleia deliberativa com os trabalhadores da montadora. A Renault está localizada em São José dos Pinhais, emprega cerca de 6.000 trabalhadores, produziu até o momento uma média diária de 1.150 automóveis, entre eles Duster, Oroch, Sandero, Logan, Captur e Kwid.

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