sexta-feira, 4 de maio de 2018

Vizinho ao que desabou, edifício trepida e tem ameaça de colapso no centro de São Paulo

Localizado em frente ao edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou na madrugada de terça-feira (1º) no largo do Payssandu, um prédio de 11 andares corre risco de colapso e foi interditado pela Prefeitura de São Paulo. A fachada está marcada pela fumaça depois do incêndio e da queda do imóvel vizinho, e os últimos dois andares ficaram danificados - apresentando risco de colapso parcial ou até mesmo total. O edifício particular misturava uso comercial e residencial. "Acreditamos que o problema esteja mesmo nos últimos andares, com risco de desprendimento de pedaços de alvenaria ou colapso. Achamos que não haverá colapso total, a não ser que a estrutura esteja muito comprometida e gere efeito dominó", disse Humberto Leão, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros. O prédio, na rua Antônio de Godói, foi interditado, e a área foi isolada. De acordo com Leão, foi detectada, inclusive, uma "trepidação" do edifício. 

Edson Ramos, coordenador-geral da Defesa Civil, disse que entrou em contato com o proprietário do imóvel e que será solicitado escoramento - apoio com vigas metálicas. Mas, segundo ele, o órgão não trabalhava com a possibilidade de queda imediata - do contrário, "os bombeiros nem estariam ali mais". Outros quatro edifícios foram interditados na região, para isolar a área de buscas e retirada de escombros. Um deles é uma histórica igreja luterana, fundada em 1908, que está condenada e pode ter quedas da estrutura. Uma possível demolição não é descartada. A restauração da torre e do altar da igreja havia sido entregue há dois anos, ao custo de R$ 1,3 milhão.

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